Por Marcos Roman – Lidere 2018 – ACIL
Responsável pela palestra de encerramento do LIDERE 2018, Marcos Piangers foi aplaudido de pé pelo público londrinense. O jornalista que contabiliza mais de 3,5 milhões de seguidores nas redes sociais falou sobre inovação, levantando reflexões sobre para onde a tecnologia está levando os consumidores e o que as marcas e empresários devem fazer para estar lá também.
“A tecnologia nos assusta. É muito robô, óculos de realidade virtual, muita novidade. Mas isso que estamos vendo é só o começo da revolução tecnológica. Ainda tem muita coisa para ser inventada”, afirmou o catarinense autor do best seller O Papai é Pop, que já vendeu mais de 250 mil livros no Brasil, Portugal, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos.
Bem-humorado, Piangers sentenciou que os empresários que estão pensando em montar um simples aplicativo para suas empresas estão parados em 2005. “Ainda há muita coisa para ser inventada, ou você começa a pensar no futuro inovador, ou está frito”, enfatizou.
O palestrante apresentou dados que comprovam que houve uma inversão no ranking das empresas mais valiosas do mundo. “Há dez anos, bancos e indústrias petrolíferas dominavam o mercado. Atualmente as dez empresas que mais lucram são todas ligadas a tecnologia”, ressaltou.
Piangers avalia que o consumidor sempre busca produtos e serviços que resultem em conveniência e preço vantajoso. “Basta ver o exemplo da Uber, da Netflix e do WhatsApp. Ou vocês acham que após o período de crise as pessoas voltaram a andar de táxi, assinar TV a cabo ou comprar pacotes de mensagens para celular”?
Ele enfatizou que a única forma de dar asas à imaginação é exercitar a criatividade. “Temos que sair do nosso status quo e não aceitar respostas óbvias. É o pensamento convergente que faz com que sejam criadas soluções inovadoras”, salientou.
O bloqueio criativo, na avaliação de Piangers, começa a surgir ainda na infância. “Toda criança é criativa por natureza, mas o que mais costuma ouvir dos pais é: pare de inventar moda. Nas empresas, o funcionário é incentivado a reproduzir respostas padrão. Há pouco espaço para a diversão, que é quando surgem as ideias mais criativas. Não é à toa que as empresas mais modernas do mundo investem em ambientes mais leves. Algumas têm até pista de corrida, pois há estudos que mostram que enquanto a pessoa corre libera substâncias que deixam o cérebro mais criativo”, destacou.
“É preciso questionar sempre. Não aceitar as coisas como são, pois tudo pode ser melhorado”, concluiu o jornalista e escritor, que apresenta o programa Pretinho Básico, exibido pela Rede Atlântida e é inovação nas rádios entretenimento do grupo RBS.
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